Vou-me embora pra Pasárgada (Manuel Bandeira)
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que eu nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
6 comentários:
At 6:34 AM, (((☆Ðinђσ¹³;D)) said…
Pasárgada
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Pasárgada era uma cidade da antiga Pérsia e é atualmente um sítio arqueológico na província de Fars, no Irã, situado 87 km a nordeste de Persépolis. Foi a primeira capital da Pérsia Aqueménida, no tempo de Ciro II da Pérsia, e coexistiu com as demais, dado que era costume persa manter várias capitais em simultâneo, em função da vastidão do seu império: Persépolis, Ecbátana, Susa ou Sardes.
A construção de Pasárgada foi iniciada por Ciro II, e foi mantida inacabada devido à morte de Ciro em batalha. Pasárgada manteve-se como capital até que Dario iniciou a mudança para Persépolis. O nome moderno vem do grego, mas pode ter derivado de um outro usado no período aquemênida, Pasragada.
O sítio arqueológico cobre uma área de 1,6 quilômetros quadrados, e contém uma estrutura que acredita-se ser o mausoléu de Ciro, o forte de Tall-e Takht em uma colina próxima e as ruínas de um palácio real e jardins. Os jardins mostram o exemplo mais antigo dos chahar bagh persas, ou jardins quádruplos.
O monumento mais importante de Pasárgada é indubitavelmente a tumba de Ciro, o Grande. Possui sete passagens largas levando à sepultura, que mede 534m em comprimento e 531m de largura e possui uma entrada estreita e baixa. Apesar de não haver evidências fortes identificando a tumba como a de Ciro, os historiadores gregos dizem que Alexandre, o Grande da Macedônia acreditava que era. Alexandre passou por Pasárgada em suas campanhas contra Dario III em 330 a.C.. Arriano, historiador do primeiro século da era Cristã, afirma que Alexandre ordenou que Aristobulus, um de seus guerreiros, entrasse no monumento. Do lado de dentro, ele encontrou uma cama dourada, uma mesa arrumada com copos, um caixão dourado, algunsd ornamentos enfeitados com pedras preciosas e uma inscrição na tumba.
Pasárgada é hoje um Patrimônio Mundial da Unesco.
Fotos: Filme "Alexandre" e Radio "The Boy" (Terra).
Texto: Jornal de Poesia.
At 2:29 PM, Anônimo said…
Blog maravilhoso!!!
Parabéns.
At 7:57 PM, Denise said…
Gente que coisa mais chique,hein!!!
Está mesmo um espetáculo,esse seu espaço.Visual,musical e literário,ameeeeeeeeei!!!
At 2:27 AM, (((☆Ðinђσ¹³;D)) said…
Obrigado a tds p/coments. Bjins!
At 5:58 PM, Anônimo said…
Imagina você...Dinho...eu nem tinha conhecimento dessa geografia, pesquisada maravilhosamente por você (obrigada!)..., mas fui-me embora pra Pasárgada muitas vezes, depois de conhecê-la, pela pena de Manuel Bandeira...algum problema e lá estava eu indo-me pra Pasárgada...afinal...amiga do Rei não tem problemas...rsrs
Bjs 1000!
e-mail: rosemira@sercomtel.com.br
At 1:08 PM, Anônimo said…
Pasárgada
"Não foste embora pra Pasárgada
Não era teu destino
Não te habituarias lá
Em teu território próprio, intransferível,
Nem rei nem amigo de rei,
és puramente aquele lúcido
e dolorido homem experiente
que subjugou seu desespero
a poder de renúncia, vigília e ritmo.
Calros Drummond de Andrade.
È simplesmente lindo!
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