Recuso os sonhos que te ignoram
e os desejos que não possas despertar.
Não quero fazer um gesto que não te louve,
nem cuidar uma flor que não te enfeite;
não quero saudar as aves que ignorem o caminho da tua janela,
nem beber em ribeiros que não tenham acolhido o teu reflexo.
Não quero visitar países que os teus sonhos não tenham percorrido
como taumaturgos vindos de fora, nem habitar cabanas,
que não tenham abrigado o teu repouso.
Nada quero saber de quem te precedeu em meus dias,
nem dos seres que aí permanecem.
- Rilke à Lou Andreas-Salomé -
1 comentários:
At 5:10 PM, Mírian said…
Uau!!! Somos co-autores destes textos. Eles falam tudo o que se passam nos nossos corações.
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